domingo, 30 de julho de 2017

Minas

Primavera Litutana, by Lina Angélica
Gumauskas



Minas
Geraldo Tinoco

Se eu pudesse
Congelar o sol por detrás da semente de capim
Num momento de cor laranja
Subindo a montanha
Cheia de orvalho
Se eu pudesse
Guardar o cheiro de terra molhada
Se eu pudesse
Guardar a umidade nos meus dedos que tocam as plantas
Se eu pudesse
Guardar tudo isso num poema
Talvez não caberia
Pois se guardo isso tudo
Tenho que adicionar a saudade
Que é grande demais.




sábado, 29 de julho de 2017

Risco

Primavera Lituana, by Lina Angélica Gumauskas



[ ... ]
- Alguém que eu amo me ensinou que a vida é preciosa. Ela me ensinou a não fazer nada para pôr a aventura em risco. E eu a escutei.
[ ... ]                [in 'Mil beijos de garoto' de Tillie Cole]




sexta-feira, 28 de julho de 2017

Sonhos

Primavera Lituana, by Lina Angélica
Gumauskas



"Enquanto o dia semeia sonhos; a noite rega esperança."  [Inês Seibert]




domingo, 23 de julho de 2017

Infinito

Nadando pelos mares da Lituânia, by Lina Angélica Gumauskas


Infinito
Geraldo Tinôco



O infinito
É mais que finito
Para quem sabe sonhar
As estrelas são contáveis
Para quem tem tempo
Para imaginar
É de cegar os olhos
Tanta massa e concreto
E velocidade
Da uma felicidade
Ir para o meio do mato
E saber que elas estão sempre ali
E sempre estiveram
Ganha-se tempo
Para perdê-lo
Que prazer enorme
Parar para recontar
Quantas estrelas tem no céu.




sábado, 22 de julho de 2017

Beijos

Mosaico com as cores da Lituânia, by Lina Angélica
Gumauskas



[ ... ]

- Já faz um tempo que estou doe te, garotinha, mas as lembranças que fazem com que eu me sinta melhor são aquelas em que seu vovô me beijou. Não só os beijos de todo fia, mas os especiais, aqueles em que meu coração quase explodiu no meu peito. Os beijos na chuva, os beijos no pôr do sol, o beijo que demos na nossa formatura... Aqueles em que ele me segurou forte e sussurrou no meu ouvido que eu era a menina mais bonita do lugar.
[ ... ]
- Quando você encontrar o garoto que será seu para sempre e sempre, a cada vez que ganhar um beijo especial dele pegue um coração. Escreva onde vocês estavam quando se beijaram. Então, quando você for uma vovó também, seu netinho ou netinha, melhor companheiro ou companheira que você tiver, poderá ouvir tudo sobre eles, como eu te contei sobre os meus. Você vai ter um pote do tesouro de todos os beijos preciosos que fizeram seu coração voar.    [in "Mil beijos de garoto" de Tillie Cole]





sexta-feira, 21 de julho de 2017

Sonhos

Mosaico Lituano, by Lina Angélica Gumauskas


"A melhor maneira de realizar os seus sonhos é acordar.”  [Paul Valéry]




domingo, 16 de julho de 2017

Deus!

Mosaico com as cores Lituanas, by Lina Angélica Gumauskas


DEUS!
Casimiro de Abreu

Eu me lembro! eu me lembro! – Era pequeno
E brincava na praia; o mar
bramia E erguendo o dorso
altivo, sacudia A branca
escuma para o céu sereno
E eu disse a minha mãe nesse
momento: “Que dura
orquestra! Que furor insano!
“Que pode haver maior que o oceano,
“Ou que seja mais forte do que o vento?!” –
Minha mãe a sorrir olhou p’r’os céus
E respondeu: – Um Ser que nós não vemos
“É maior do que o mar que nós tememos,
“Mais forte que o tufão! Meu filho, é – Deus!”




sábado, 15 de julho de 2017

Motivos para se incomodar

Voo da Liberdade, by Lina Angélica Gumauskas

"Quando você nasce, de duas uma: ou você nasce rico ou você nasce pobre. Se você nascer rico, não tem motivo algum para se incomodar; se você nascer pobre, de duas uma: ou você ficará rico ou você continuará pobre. Se você ficar rico, não haverá motivo algum para se incomodar; se você continuar pobre, de duas uma: ou você terá saúde ou você será doente. Se você tiver saúde, não haverá motivo algum para se incomodar; se você for doente, de duas uma, ou você ficará bom ou morrerá. Se ficar bom, não haverá motivo algum para se incomodar; se você morrer, de duas uma: ou você irá para o céu ou você irá para o inferno. Se você for para o céu, não haverá motivo para se incomodar; se você para o inferno, bom, você terá de cumprimentar tantos conhecidos que não terá tempo algum para se incomodar!"  [in As mais belas Parábolas de Todos os Tempos de Alexandre Rangel]




sexta-feira, 14 de julho de 2017

Amizade

Primavera Lituana, by Lina Angélica Gumauskas



"A amizade é um caminho que desaparece na areia, se não se pisa constantemente nele."    [Provérbio Africano]




domingo, 9 de julho de 2017

Everybody Loves Somebody

Mosaico com as cores da Lituânia, by Lina Angélica Gumauskas


Everybody Loves Somebody
Ken Lane e Irving Taylor


Everybody loves somebody sometime
Everybody falls in love somehow
Something in your kiss just told me
My sometime is now

Everybody finds somebody someplace
There's no telling where love may appear
Something in my heart keeps saying
My someplace is here

If I had it in my power
I'd arrange for every girl to have your charm
Then every minute, every hour
Every boy would find what I've found in your arms

Everybody loves somebody sometime
And although my dream was overdue
Your love made it well worth waiting
For someone like you

If I had it in my power
I'd arrange for every girl to have your charms
Then every minute, every hour
Every boy would find what I found in your arms

Everybody loves somebody sometime
And although my dreams was overdue
Your love made it all worth waiting
For someone like you




sábado, 8 de julho de 2017

Dor do abandono

Mosaico com cores da Lituânia, by Lina Angélica Gumauskas



O texto abaixo, originalmente, publicado no 'allagumauskas.blog.uol.com.br', em junho de 2014, juntamente com o prefácio, que agora, reproduz-se.



Bom Dia, Amigos leitores...

Estou transcrevendo um texto que encontrei na Internet (Facebook) e resolvi compartilhar. O Texto fala da dor da Mãe pelo Abandono, mas há aquele de quem ninguém percebe que é o abandono de irmão para irmão; de primo para primo (essa me encontro - primos que ajudei em off a criar); abandono de tio para sobrinho (também me encontro); de sobrinho para tio; de neto para avós; de avós para neto; de padrinhos para afilhados; de afilhados para padrinhos... De amigo para amigo...

Filosofando.. Leiam o texto abaixo:



A DOR DO ABANDONO

Era uma manhã de sol quente e céu azul, quando o caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura. De quem se trata? Quase ninguém sabe. Poucas pessoas acompanham o féretro. Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.
Depois que o corpo desocupou o quarto do asilo, onde aquela mulher passou boa parte da sua vida, a responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, umas anotações. Um diário sobre a dor... Sobre a dor que ela sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos... Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitem extravasar uma parte desse sentimento, gravado em algumas frases:

Onde andarão meus filhos? Aquelas crianças sorridentes que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão? Estarão tão ocupadas? Talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe? Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono... A mais deprimente solidão... Se ao menos eu pudesse andar...

Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim... Jardim que já conheço como a palma da minha mão.

Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de braços abertos, para me envolver com carinho...

Os dias passam... E com eles a esperança se vai... No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei... Mas, agora... Como esquecer que fui esquecida? Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dia após dia?

Todas as lágrimas que chorei não foram suficientes para desfaze-lo. Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima... Queria saber dos meus filhos... Dos meus netos... Será que ao menos se lembram de mim? A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos... Que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim.

Às vezes, em sonhos, vejo um lindo jardim... É um jardim diferente, que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria... Mas, quando eu acordo, é a minha realidade que eu vejo... Que eu vivo... Que eu sinto... Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso... Que a vida continua após a morte, de uma outra forma... Mas com certeza a minha matéria, a minha mente, o meu eu dessa vida que vivo agora, com o nome que tenho... Nunca mais existirá! E quando a morte chegar, só restará a saudade que com o passar do tempo se ameniza... (se é que alguém vai sentir saudade de mim, já que não sentem enquanto ainda estou viva neste asilo)

Sinto que a minha hora está chegando. Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse. E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam... Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado... Pensai que a cada pai e a cada mãe Deus perguntará: "- O que fizestes do filho confiado a vossa guarda?" e aos filhos: "- O que fizestes aos vossos pais?"..


Hasta pronto e Pense...



sexta-feira, 7 de julho de 2017

Ilusões

Flores Lituanas, by Lina Angélica Gumauskas



“As ilusões sustentam a alma como as asas sustentam o pássaro.” [Victor Hugo]




domingo, 2 de julho de 2017

Sua Alegria

Mosaico, Cores da Lituânia, by Lina Angélica Gumauskas



"Sua Alegria"
Fabrício Carpinejar



Não me dê somente
a sua alegria,
ofereça também
a sua melancolia
para me preparar
à saudade.




sábado, 1 de julho de 2017

Graça

Paixão Lituana, by Lina Angélica Gumauskas


"Algumas vezes há relutância em receber, porque no fundo acreditamos que não merecemos. Mas todos temos o direito de receber graças simplesmente em virtude de quem e do que somos: seres espirituais em forma humana. Confie na abundância do mundo e saiba reconhecer seu verdadeiro valor. Receba os presentes com alegria e gratidão. Ao fazê-lo, você permite que o fluxo da graça continue, ao devolver a outros a alegria recebida."
[in '1001 Meditações' de Mike George]