|
Imagem da Internet, com tratamento gráfico |
"Damos o nome de Pátria à Terra que nos serviu de berço (ou nos aconchegou quando perdemos a de nosso berço). É tão sagrada como o colo materno em que teve amparo a nossa infância. A Pátria é mais que o ar que respiramos, mais que a água que bebemos, mais que os frutos com que nos nutrimos. Ela estende-se a todos os passos que damos, está no passado, no presente e no futuro. Não a formamos por meio de parcelas. Ela já traz em si o signo da unidade. Como dizia magistralmente o gênio do pensamento, que foi Rui Barbosa, "a pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade".
Devemos amá-la com amor fervoroso. Esse amor só se revela através de nossos deveres de cidadãos, na perfeita execução de nossos labores cotidianos. Para nosso entusiasmo, vamos buscar belos exemplos nos heróis e nos homens ilustres de que nos fala a História.
Engrandecendo-a através de nossos trabalhos, só poderemos exaltá-la na paz. E, quando ultrajada por outra nação, em defesa de sua dignidade e da liberdade de nosso povo, não haveremos de temer diante de qualquer ameaça, pois, por ela, derramaremos o nosso sangue com a mesma bravura de um Tiradentes ou de um Henrique Dias." [in Como Escrever bem de Osmar Barbosa]