domingo, 27 de dezembro de 2015

Jamais me esquecerei

Imagem CD Expert

Jamais me esquecerei de você 
ou dos momentos que
compartilhamos
Melissa Haynes Chaffin

O riso que compartilhamos nos momentos felizes
e as lágrimas dos momentos tristes
ficarão todos guardados
em meu coração
atrás de uma porta com os dizeres:
"Boas lembranças".
Nos dias silenciosos de recordações,
retirarei essas lembranças
uma a uma
e pensarei em você
com uma tristeza alegre em minha alma.
Embora quilômetros e meses
possam nos separar,
você ainda será meu amigo
e eu serei sua amiga...
sempre ansiosa por ter notícias suas
e compartilhar sua vida novamente.



sábado, 26 de dezembro de 2015

Porque afinal

Imagem recebida por E-mail




— Ele disse que eu não sou o que pareço ser... que eu sou duas pessoas... mas ao mesmo tempo esclareceu que não sabe do que se trata, que apenas sente... compreendeu, Liz?

— É claro, Andrômeda. É a intuição que alguns sábios vulcanianos possuem em alto grau. Mas 
isso é considerado uma curiosidade, não ligue para isso.

— É, porque afinal... espere!

Sonia teve a sua atenção desviada para uma cena insólita. A limusine, fazendo uma curva no 
caminho de pedra musguenta, passava agora em frente a um pavilhão com vastos painéis de 
vidro à beira do precipício. Quatro homens mascarados perseguiam uma moça morena de saia 
curta, que foi cercada em frente a uma estátua de Apolo. Perplexa, Sonia saltou do carro, 
enquanto a garota, que gritava pedindo ajuda, era amordaçada e amarrada pelos assaltantes.

— Cuidado, Andrômeda — disse Liz. [in O Fator Caos de Miguel Carqueja]




sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Natal

Imagem da Internet


"Não se esqueçam que o Natal não se resume a bonitas decorações e a presentes, pois sua essência é o festejo do nascimento Daquele que Deu a Sua vida por nós, Jesus Cristo." [Anônimo]



domingo, 20 de dezembro de 2015

Memorial de Natal

Arquivo Familiar

Memorial de Natal
Zéqui Elias

Não falarei de Deus neste dia de Natal
natividade natalício nascimento
nem do filho Jesus falarei
meu poema falará das mães
- não só da minha mãe -
de todas as mães que geraram
criaram encaminharam
e tanto amaram
de todas as mães que sonharam e sofreram
sorriram e choraram
meu poema hoje traz à baila aquelas que partiram
além de todos os limites sem fronteiras
por todo o tempo em todos os espaços
neste dia de Natal

Mais do que nunca meu poema vivifica
a imortalidade das mães
imortalidade da minha mãe
imortalidade de Deus
imortalidade de Jesus
neste dia de Natal
Minha mãe está aqui como todas as mães
outras mães do mundo imenso
resguardando filhos espíritos e paixões
não só porque hoje é Natal
mas porque a minha mãe
- como todas as mães do imenso mundo -
é mãe

Neste Natal que eu deveria falar de Deus de seu filho
não falarei de Deus - porque ele é Deus
não falarei de Jesus - porque ele é Jesus
mas rezarei e pensarei
e muito
neles
Pai e Filho

Meu poema quer louvar e bendizer
não só a minha mãe
mas muito mais
todas as mães do imenso mundo imenso
sobretudo além de tudo
Maria
a mãe de todas as mães
neste dia de Natal


sábado, 19 de dezembro de 2015

Aconteceu Naquele Natal

Imagem escaneada do texto, publicada em
janeiro de 1972.



Atenção!
Hoje, embora a ideia, de sábado, ser pequenos trechos de leituras, o texto apresentado é um trecho, mas, também, uma história completa... Já perdi a conta de quantas vezes li; é uma matéria publicada em janeiro de 1972. Mostra a criatividade dos festejos natalinos, não importa se rico ou pobre, o que vale é o Amor. Espero que gostem...



Aconteceu Naquele Natal
[Tess Van Sommers, 
páginas 9-12, Seleções do Reader's Digest,
Tomo II, nº 8, janeiro de 1972]


Meu pai foi criado na Austrália pela avó escocesa, uma imigrante calvinista que acreditava que celebrar o Natal com presentes e festas era coisa do Demônio. Garotinho, meu pai acordava na manhã de Natal com os gritos alegres das crianças da vizinhança mostrando seus brinquedos novos. Para ele, era um dia igual a qualquer domingo.

Isso significava que, depois do mingau salgado de aveia, ele podia ficar (sem fazer barulho) no jardim até à hora de ir para  a igreja. Depois do interminável sermão, vinha o almoço frugal e a sesta. Á tarde, vestida com seu melhor traje negro de viúva, minha avó sentava-se, dura como uma vara, e lia alto o Velho Testamento ou o "Pilgrim’s Progress", com papai empoleirado num banco a seus pés. Era proibido mexer-se. O dia horrível acabava às seis da tarde com um jantar frio e dormia-se uma hora mais cedo que nos dias de semana. Papai ficava deitado, ruminando seus problemas. Não era consolo saber que em cima do guarda-roupa de mogno da avó estavam os presentes que lhe seriam dados na noite de Ano Bom. Vinha tudo com sete  dias de atraso.
Assim que ele se tornou dono do seu próprio nariz, lançou-se às celebrações do Natal de um modo que só pode ser descrito como orgíaco. Dançava e brincava numa sucessão de alegres bailes e festas. Depois casou-se. Durante os oito anos em que fui filha única, papai encenou Natais de um esplendor e uma extravagância crescentes. Como se divertia!
Até aos meus cinco  anos, com uma série de truques espetaculares, ele manteve-me convencida de que Papai Noel existia. Um ano, persuadiu um amigo com voz de baixo a ficar dizendo <<Ho, ho, ho!>> e entoando trechos de cânticos de Natal debaixo da janela do meu quarto, pouco antes do amanhecer. Outro ano, ele contratou um Papai Noel profissional para aparecer rapidamente pela casa, certificando-se de que eu estava acordada para espiar à distância a figura vestida de vermelho. Mas seu truque mais engenhoso foi fazer uma imensa pegada de neve diante da lareira da sala. Anos depois, eu soube que ele próprio havia feito a neve em nossa máquina manual de sorvete e modelado a forma pouco antes de eu entrar para pegar meus presentes em fronhas penduradas na prateleira da lareira.
Uma fronha não podia conter os meus presentes, e papai fazia questão de dar coisas que excediam as esperanças mais fantásticas. Por exemplo, quando pequena, eu adorava meias de Natal prontas, cornucópias de vistosas bugigangas japonesas, feitas de fitó vermelho. Um ano, papai deu-me uma meia que tinha quase metro e meio de altura, contendo luxos como uma raquete de tênis em miniatura e uma máquina fotográfica.
E depois havia a Árvore. A árvore de Natal de papai sempre me pareceu a coisa mais bonita, original e brilhante do mundo. Ele próprio comprava e arrumava os enfeites, e todos os anos eram novos. A beleza da árvore brotava milagrosamente sob os dedos de papai, e, quando as velas eram acesas, minha alma também se iluminava.
Raramente havia menos de 20 pessoas à nossa mesa de Natal. A comida era abundante e incluía um pudim tão grande que era preciso ajudar a criada a servi-lo. O champanha jorrava. Geralmente, eu era carregada, exausta, para a cama, antes que as nozes e  o Porto fossem servidos. Meu dia acabava num delírio de bombons, chapéus enfeitados, papeizinhos com máximas, bolas, lanternas chinesas e montes de doces.
Quando eu tinha uns 10 anos, a Grande Crise atingiu-nos em cheio, e papai perdeu  a maior  parte dos proventos que recebia regularmente.
Para ele, isso foi um desafio e uma aventura. Um artista seu colega, que vivia no exterior, deixou-nos ir morar numa cabana no mato, que estava vazia havia anos. Nessa época, nossa família era composta de quatro pessoas, com minha madrasta e meu meio-irmão, com quase dois anos. Nós iríamos, anunciou papai alegremente, viver sobretudo da terra... ele era bom atirador e tinha jeito para fazer as coisas crescerem. Seria divertido.
Na animação do novo tipo de vida, eu quase me esqueci do Natal. Então, de repente, ele estava chegando. Papai fez uma reunião de família. Nós daríamos um jeito de arranjar uma festa, disse ele, mas não havia dinheiro para comprar  presentes. Em vez disso, declarou papai, cada um daria aos outros uma das suas coisas.
A despesa  com uma árvore de Natal estava fora de cogitação, eu sabia, e uma vez tinha ouvido um parente dizer que era absolutamente ridículo o dinheiro que Jack esbanjava nessas coisas. Eu não disse nada, mas a ideia entristeceu-me. Era meu primeiro contato com a pobreza.
Na Noite de Natal, pendurei uma meia para mim e outra para John, meu irmãozinho, mas sem muita alegria. A sala de visitas da nossa cabana parecia nua, chocante, sem qualquer enfeite de Natal. Fui triste para a cama e tive sonhos agitados.
Acordei cedo na manhã de Natal, mas, em vez de saltar da cama, fiquei deitada algum tempo olhando para o céu azul resplandecente e ouvindo o canto das gralhas. Então papai chamou-me: <<Venha ver uma coisa!>> 
Ainda hoje sinto uma onda de prazer recordando a alegria que tive no limiar da sala de visitas. Lá estava uma árvore!
Não um pinheiro, mas uma muda de eucalipto, pequena, esguia, cheia de ramos e folhuda, num barril de madeira. Os ramos estavam enfeitados com um sortimento surpreendente de coisas familiares, tudo contribuindo para sua cor e brilho: minhas inúmeras fitas de cabelo, atadas em laços elegantes, colheres de chá penduradas em cordões coloridos, festões de jóias falsas de minha madrasta (as verdadeiras tinham sido vendidas), pequenos ornamentos da casa, flores do jardim. Até as medalhas de guerra de papai, penduradas nos galhos do eucalipto pelas fitas irisadas, cintilavam ao sol forte que entrava pelas janelas da sala. 
E, depois, os presentes! Papai não dissera nada sobre a gente fazer sacrifícios para dar presentes. Entretanto, eu decidira dar-lhe um canivetezinho de cabo de madre-pérola. Para minha madrasta, dei meu broche de marfim e, para John, minha boneca que dormia e falava, mas parecera-me errado dar a um menino uma boneca-menina, vestida em babadinhos cor-de-rosa, de  modo que resolvi o problema deixando a boneca nua. Ela foi recebida entusiasticamente.
Papai deu ao bebê John uma escultura chinesa de um macaco que possuía desde a infância, dando à minha madrasta uma coisa numa caixinha velha de couro que nunca vi, mas que a fez chorar quando a abriu. Ela ofereceu-lhe um conjunto de cachecol de tricô que era dela. Serviu bem e ficou muito elegante nele no inverno seguinte. Minha madrasta deu-me um fio de contas de mosaico. O presente de papai para mim foi seu  volume, encadernado em couro vermelho, dos poemas de Tennyson. Ainda hoje o livro se abre nos trechos favoritos dele.
Nossa árvore da Crise deu-me a  maior experiência de Natal da minha vida. Ali, no umbral da porta da sala de visitas na roça. olhando extasiada, nunca me ocorreu comparar o eucalipto com seus elegantes predecessores. O que havia de maravilhoso - o milagre - era que, afinal, houvera uma árvore. Apesar de ser ainda criança, apreciei de todo o coração a engenhosidade que a produzira. Essa foi o legado mais importante que meu pai me deixou, a lição de que sempre se pode dar um jeito. Algo fora criado do nada. A derrota transformara-se em vitória. Daquele momento em diante, nunca duvidei de que isso poderia sempre ser feito desde que a gente contemplasse a vida desse modo.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sinos de Natal

Arquivo Pessoal


“Eu ouvi os sinos no dia de Natal tocando aquelas antigas canções familiares, que repetiam doces palavras, de paz na Terra e boa vontade aos homens.” [Henry Wadsworth Longfellow]





domingo, 13 de dezembro de 2015

Natal

Arquivo Pessoal

Natal
Sidnei Olívio

Despregar  da parede a cruz
e da cruz, o Cristo
que não inventa palavras
que não reprime desejos
que não cria pecados.

O Cristo revolucionário
que recusou o calvário
que fugiu das igrejas
e do hall das funerárias.

O Cristo verdadeiro
não comercializado
não banalizado
nunca ofertado.

O Cristo humano
que chora e ri
que assiste televisão
que escreve poemas.

O cristo redivivo
que mora comigo
que mora contigo
bem dentro de nós.



sábado, 12 de dezembro de 2015

Crônica de Natal

Arquivo recebido por E-mail


Crônica de Natal

Aquele Natal seria diferente. Ela o pressentia no vento quente de começo de dezembro, nas nuvens carregadas que acinzentavam o céu sempre azul de sua cidade, na onda de esperança que animava o ambiente político, nos saraus literários antes inexistentes, nos versos e prosa de um novo livro.
Sabia que correria, como todos, em busca de presentes de última hora. Que pensaria nos amigos, secretos ou não. Que mandaria cartões, agora via internet, escreveria a mensagem para ser lida em família durante a ceia. Que compraria luzinhas para enfeitar a fachada de sua casa. Que ajudaria alguma entidade assistencial.
Mas por que aquela sensação de que algo inusitado estava para acontecer? Aquela angústia fina, que doía no peito, tirava-lhe o ar, dando-lhe sensação de desmaio?
Buscava a resposta no vento, nas compras, nos cartões, na mensagem, nas luzinhas, nos amigos. Mas só via o reflexo de sua própria busca.
A cada vez que ouvia “Noite Feliz” emocionava-se mais do que nos anos anteriores, a cada vez que via uma árvore de Natal, encantava-se mais do que de costume. Aquele Natal prometia.
Chegaram os parentes, as compras foram feitas, as luzinhas colocadas e meticulosamente testadas, os garotos do albergue devidamente presenteados. Tudo parecia correr como sempre corria.
Mas, na véspera da véspera, quando ainda sentia sobressaltos, abriu uma correspondência, esperada para janeiro. Abriu sozinha, vibrou sozinha. Sua filha, filha única, passara no vestibular, justamente na faculdade com que tanto sonhara. Ela não conteve o grito de alegria e, qual animal ferido, gemeu sozinha.
Agora entendia os sobressaltos. Este Natal estava sinalizando uma nova fase em sua vida. Este Natal era a metáfora de outro nascimento: o de sua filha, em uma nova cidade, em uma nova condição.
Apertou os lábios, foi até o quarto acordá-la, abraçou-a como nunca, sentindo um misto de orgulho e pena de si mesma. A filha nascia, ela ficava; a filha partia, ela continuava. Em um minuto, vieram-lhe à mente cenas da infância (breve infância!) daquela que hoje é mulher. Cenas do parto, de noites insones, de festas de aniversário, de teatros encenados ao ar livre, passeios na praia e em parques, namoricos precoces, primeira comunhão, aulas de perseverança... Tudo passou vertiginosamente como num filme em preto e branco. Tudo era passado.
E, na véspera da véspera, entendeu porque o seu Natal seria diferente: pela primeira vez haveria, em sua casa, um parto à moda antiga. Não do menino Deus, mas da menina-mulher que também tinha uma missão a cumprir. E para que isso pudesse se concretizar, fazia-se necessário o corte do cordão umbilical. Mesmo que sangrasse, mesmo que doesse.
Enfim, a noite de Natal, os presentes sob a árvore, as luzinhas acesas. Ela estava mais bonita, com uma beleza singela da mãe que aprendeu, como Maria, que o filho é para o mundo. Colocou mais emoção nas palavras da mensagem que leu, mais alma na oração, mais calor em todos os abraços. Sim. Aquele Natal foi diferente, pois ela pariu, como a virgem, um ser humano que se abria para o mundo escancarado. Mas, também como a Virgem, naquele Natal, ela pôde ver a estrela mais reluzente, sentir a brisa mais suave, ouvir a mais doce melodia da Vida que desabrocha da dor.
[Vera Márcia Paráboli Milanesi in Prosas e Versos de Natal]




sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Las rosas

Arquivo recebido via E-mail

"La felicidad nace como las rosas: de las espinas y los trabajos." [Diego Saavedra]




domingo, 6 de dezembro de 2015

Ainda me lembro

Imagem recebida por e-mail


Ainda me lembro...
Marilda Mateus de Oliveira



Isso já faz muito tempo.
Mais ainda me lembro.
Foi o melhor tempo, dos tempos...
Numa cidade onde nasci, cresci...
Mas nem mesmo com o passar 
Dos anos esqueci...

As noites ficavam iluminadas
As ruas enfeitadas...
E ao longe ouvia o sino tocar...
O coração batia forte!
Era para ver o papai Noel passar...

Eu corria atrás
Só para poder um presente ganhar
Lembro-me que mamãe e papai
Não podiam me dar...

Corria para casa com o brinquedo 
nas mãos.
Com lágrimas nos olhos de felicidade
Gritava "Papai Noel" veio trazer
O que neste natal me faltava...

Parecia um sonho
Um sonho que vivi...
Hoje a velhice no meu
Rosto chegou, com uma lágrima nos olhos
E com um sorriso
Apagado pelo tempo...

Me lembro.
Do meu tempo de criança
De um Natal que não
Vou viver jamais...
Ainda me lembro!

Desse tempo que não vou
Esquecer jamais
Mas enquanto viver
Vai ser sempre me lembrar...
Das noites de Natal em que vive...
Ainda me lembro!!!



sábado, 5 de dezembro de 2015

Pai, começa o começo

Arquivo CD Expert

Pai, começa o começo


"Quando criança, sempre que eu pegava uma tangerina para descascar, ia até meu pai e pedia: - Pai, começa o começo! O que eu queria, era apenas que ele fizesse um rasgo na casca da tangerina, que é sempre o mais difícil e resistente. Principalmente para as mãos de uma criança. Depois disso, quase sempre, ele acabava descascando toda a tangerina. Mas o gostoso mesmo era descascar a tangerina com minhas próprias mãos, a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito. Meu pai já faleceu há muitos anos e há tempos (bastante) não sou mais criança...
Mesmo assim, até hoje, quando preciso descascar uma tangerina da casca dura e grossa, eu sinto desejo grande de tê-lo ainda vivo ao meu lado, para, pelo menos, começar o começo! As tangerinas são as dificuldades, os obstáculos e lutas da vida! É preciso descascar tangerinas na vida familiar, no trabalho, no estudo, nos relacionamentos familiares, amorosos ou de amizade, nos problemas de saúde, perdas, mortes, traumas, separações, nas dificuldades financeiras, e ainda em momentos de decisão e desafio! Em certas ocasiões, essas tangerinas  são mais parecidas com um enorme abacaxi! E para descascar o abacaxi é preciso faca bem afiada, cuidado, paciência, habilidade e experiência!
A segurança que eu sentia ao ser atendida pelo papai quando pedia para começar o começo, era o que me dava certeza que conseguiria chegar até o último pedacinho da casca e saborear a fruta! Essa sensação que sentia com meu pai terreno, me levou a pedir ajuda para Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai me ensinou que o Pai do Céu é  eterno e que seu amor é a garantia de nossas vitórias.
Quando a vida parecer muito grossa, dura e difícil como a casca da tangerina, para as mãos pequenas e frágeis de uma criança ou como um enorme abacaxi, para suas mãos de adulto, lembre-se de pedir a Deus: Pai, começa o começo!? Ele não só começará o começo, mas irá descascar toda a tangerina ou o imenso abacaxi para você. Não sei que tipo de fruta você vai encontrar pela frente neste novo ano. Nem quais frutas me esperam. Sei apenas que vou continuar lembrando do carinho com que papai atendia aos meus pedidos. E aí vou me garantir no amor eterno do Pai do Céu para pedir sempre que for preciso:
- Pai, começa o começo!?
[de Elma Eneida Bassan Mendes in Prosas e Versos de Natal]




sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Quem Olha

Autoria de Susan Hoerth


"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta." [Carl Jung]