domingo, 31 de julho de 2016

Virado paulista





Virado paulista
Celso Cruz




Margaridas do Largo do Arouche.
Azaleias do meio-fio.
Rosas do jardim de um sobrado.
Girassóis de terreno baldio.
Flores do campo da Dr. Arnaldo.
Orquídeas dos Jardins.
O buquê que fiz pra você.





sábado, 30 de julho de 2016

Agradecimento II

Dados do último mês

Totalidade

Público

Em virtude, de na próxima segunda-feira, dia 01 de agosto, motivo de festa na nossa redação, viemos, hoje, expressar nosso agradecimento. As imagens, acima, refletem o desempenho e aceitação de nosso trabalho.
Obrigada, pela confiança. Thank you for the trust. ¡Gracias por la confianza!





sexta-feira, 29 de julho de 2016

Alegria

Arquivo pessoal


“Às vezes sua alegria pode causar um sorriso, mas também, às vezes, seu sorriso pode causar alegria."  [Thich Nath Hanh]






domingo, 24 de julho de 2016

A Vila de Anchieta

Imagem do site www.ipco.org.br


A vila de Anchieta
Cassiano Ricardo (1895-1974)


E num dia de janeiro
parecendo ao Padre in Domino
que era justo esse lugar,
ali, bem no alto da serra,
junto à porta do sertão,
Anchieta funda uma vila
que seria a mãe de todas
as vilas da redondezas:
casa lisas e quadradas,
brinquedo de ruas tortas.
Própria e um povo apressado
que iria rasgas caminho
rumo ao sertão ignorado.

E que Deus desse a esse povo
bons músculos e bons ossos,
e a sensação do horizonte
cheio de coisas remotas...

Santo Anchieta teve logo
a ajuda não só dos índios
mas dos bichos, pois uma onça,
tomada de humilde assombro,
lhe veio lamber a mão.
E um bando de uirás em festa
lhe veio cantar no ombro.
E o rio lhe trouxe a água
para a primeira parede.
E a água se fez orvalho
pra sua primeira sede...

E já um carijó sapateiro
que depois trabalharia
como um louco, noite e dia,
em sapatões pra Gigantes,
lhe fez um par de sandálias;
que o seu destino de santo
era o mais simples de todos.
Era, andar, andar, andar.

Ora em caminho do Mar,
ora pra dentro da Terra,
subindo e descendo a Serra
azul e perpendicular.
O seu destino era andar.

Sonho de quem mal dormia.
Olhos cheios de horizonte.
Pés tontos de correria.
Pensamento no futuro...

Sonho sonhado em chão duro.


sábado, 23 de julho de 2016

Comunicação

Montagem em 23/07/2016

... "A comunicação apresentou a todas as populações do mundo as variações radicais existentes entre as diferenças culturais e apagou as distâncias entre as múltiplas regiões e  conduziu estas culturas distantes e de costumes muitas vezes opostos a um contato informacional extremo que abrange o mundo inteiro, ao mesmo tempo que os ambientes vitais e as condições de vida permanecem extremamente diferentes uns dos outros. Deste modo, a globalização "conduz de forma semelhante à integração e à fragmentação, proporcionando tanto a homogeneidade como a heterogeneidade", favorecendo tanto o universalismo como o nacionalismo." ... [ in Guerras Climáticas de Harald Welzer]





sexta-feira, 22 de julho de 2016

Amizade

Imagem CD Expert

"A amizade corre dançando pelo mundo, conclamando-nos a acordar e cantar em seu louvor."  [Epicuro]




domingo, 17 de julho de 2016

São Paulo

Imagem recebida por   e-mail 

São Paulo
Sérgio Milliet (1898 - 1966)

Canto a cidade das neblinas
e dos viadutos
minha cidade
amante de futebol e vendedora de café
Os aventureiro bigodudos
como nas fitas da Paramount
o Friedenreich pé de anjo
e a bolsa de mercadorias
as chaminés parturientes do Brás
os quinzes mil automóveis orgulhosos
no barulho ensurdecedor dos klaxons
e a cultura envernizada dos burgueses
os engraxates da Praça Antônio Prado
e o serviço telegráfico do "Estado"
a febre do dinheiro
as falências sírio-nacionais
a especulação sobre os terrenos
a politicagem e os politiqueiros
e a negra de pó de arroz
e até os bondes da Light
para o Tietê das regatas e dos bandeirantes
os homens dizem que tu és ingrata
e que devoras os teus próprios filhos...
Mas que linda madrasta tu és
toda vestida de jardins!
Minha cidade
amo também teus plátanos nostálgicos
imigrantes infelizes
teus  crepúsculos de seda japonesa
tuas ruas longas de casas baixas
e teu triângulo provinciano...



sábado, 16 de julho de 2016

Presentes

Arquivo Pessoal
"...A cada Distribuição de Presentes, experimentava uma onda de pura felicidade. Também me senti mais leve, como se o peso das preocupações dos últimos meses se aliviasse. Embora a minha situação financeira não tivesse melhorado, o nível de ansiedade com certeza estava bem mais baixo. E senti uma nova intimidade com os meus presenteados. Os amigos pareciam mais amistosos, os estranhos menos estranhos. Minha antiga sensação de isolamento se dissipava como névoa."  [in "A arte de Presentear" de Litty Mathew in Seleções Reader's Digest, dezembro de 2009]



sexta-feira, 15 de julho de 2016

Sucesso

Imagem Recebida por e-mail

"Não sei qual é o segredo do sucesso, mas o segredo do fracasso é tentar agradar a todo mundo." [Bill Cosby]




domingo, 10 de julho de 2016

Oração aos mortos de 32

Montagem com duas imagens da internet

Oração aos mortos de 32
Guilherme de Almeida (1890 - 1969)


Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que deu à terra o seu suor,
a que deu à terra a sua lágrima,
a que deu à terra o seu sangue!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
pelo branco do vosso Ideal,
pelo negro do nosso luto,
pelo vermelho do vosso coração!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que, alerta, nos vigia
a que, invicta, nos defende,
a que, eterna, nos glorifica!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que não transigiu,
a que não esqueceu,
a que não perdoou!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que está de pé sob nossos joelhos!
E, pois que estão de pé os mortos, de joelhos os vivos!
E, ajoelhados, a vós rogamos;

- Soldados Paulistas tombados em 32,
sem armas nos vossos ombros, velai por nós!
sem balas na cartucheira, velai por nós!;
sem pão em vosso bornal, velai por nós!;
sem água em vosso cantil, velai por nós!;
sem anéis de ouro nos dedos, velai por nós!;
sem divisas militares, velai por nós!;
sem mães rezando na igreja, velai por nós!;
sem lar feliz esperando, velai por nós!;
sem filhos para a vingança, velai por nós!;
sem mancha no pensamento, velai por nós!;
sem medo no coração, velai por nós!;
sem nada mais que uma vida, velai por nós!;
sem nada, senão São Paulo, velai por nós!...




sábado, 9 de julho de 2016

Nove de Julho.

Copiei da Internet



"... Esta sacramentada e santificada terra de São Paulo - terra em que estais plantado, firmes, para sempre - feriu-se fundo para receber-vos. Feriu-se da máxima dentre as únicas feridas, na terra, que nunca se cicatrizam, porque delas uma grande  coisa surge, que as eterniza.  Só para o alicerce, a lavra, a sepultura e a trincheira se tem o direito de ferir a terra. E, mais legítima que a ferida do alicerce, que se eterniza na casa, a dar parede e teto para o amor, a honra, a paz; mais legítima que a ferida da lavra, que se eterniza na árvore, a dar lenho para o leito, a mesa, o bordão, o cabo da enxada, o mastro da bandeira; mais legítima que a ferida da sepultura, que eterniza no mármore, a dar saudade para o consolo, a benção, a inspiração; mais legítima que essas feridas é a ferida da trincheira, que se eterniza na Pátria, a dar toda a pura razão de ser da casa, da árvore e do mármore." 
[in Revista da Academia Paulista de Letras de 1947]





sexta-feira, 8 de julho de 2016

Amamos

Imagem CD Expert

"Não amamos as pessoas porque elas são bonitas, mas porque nos parecem bonitas porque as amamos." [Provérbio Russo]




domingo, 3 de julho de 2016

Soneto sentimental à cidade de São Paulo

Imagem da https://zanzemos.com


Soneto sentimental à cidade de São Paulo
Vinicius de Moraes (1913-1980)


Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa - basta - importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia

Não te amo à luz plácida do dia
Amo-te quando a neblina te transporta
Nesse momento, amante, abres-me a porta
E eu te possuo nua e fugidia.

Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera

Traz saudade de alguma Baviera
Se a poesia é tua, e em cada mesa
Há um pecador morrendo de beleza?




sábado, 2 de julho de 2016

Anjo da Guarda

Imagem da Internet

"... Todo adulto já deve ter passado alguma vez pela experiência de estar a ponto de incorrer em algum perigo e sofrer algum dano. Ele tentou, por exemplo, a ultrapassagem na estrada, sem ver o carro o outro carro que já vinha ultrapassando. Mais uma vez tudo correu bem. Muitos dizem então espontaneamente: "Eu tenho um Bom Anjo da Guarda". Ou então se deparou subitamente com um engarrafamento, e ainda teve tempo de frear. Ou o carro virou e ele escapou são e salvo. Todas estas são ocasiões em que acreditamos que um Anjo da Guarda preservou-nos de desgraças. Em momentos como estes não são apenas os cristãos convictos que acreditam no Anjo da Guarda. Às vezes até mesmo os ateus são capazes de falar aqui do seu Anjo da Guarda. Nesse momento ele sente que se encontra sob uma proteção maior, uma proteção que escapa ao seu poder. Um Anjo da Guarda assim inspira a confiança de que sempre se haver´de chegar são e salvo quando se vai de carro para  o trabalho. Ele nos tira o medo de tarefas que precisamos resolver e que também podem resultar em fracasso." ... [in "Cada Pessoa tem um Anjo" de Anselm Grün]




sexta-feira, 1 de julho de 2016