Primavera Lituana, by Lina Angélica Gumauskas |
"[ ... ]
Ocorre, porém, que pluralismo e relativismo não são a mesma coisa. O pluralismo é bom e necessário. É manifestação positiva do direito à liberdade, procede do reconhecimento prático da liberdade humana e consagra a convivência de pontos de vista e de condutas diferentes. Em outras palavras, o pluralismo reconhece que é perfeitamente possível que questões políticas, econômicas e sociais tenham soluções diferentes e que, ao mesmo tempo, todas podem estar de acordo com a ética geral e a justiça em particular.
Já o relativismo constitui um abuso da liberdade que, ao negar a possibilidade da verdade, nega também a possibilidade do bem e da constituição de uma ética sólida que se converta em valores comuns, base necessária para a garantia dos direitos humanos e para a existência da própria democracia.
[ ... ]
... o relativismo traz: "Por não admitir o peso específico do real, deixa a inteligência abandonada ao seu próprio capricho e, por isso, vem a ser um vírus que invade a estrutura psicológica do ser humano e o impede de reconhecer que as coisas são como são e têm consciência própria."
[ ... ]" [in Democracia, pluralismo e relativismo in Editorial de 'O São Paulo' de 17 a 23 de maio de 2017, página 2]
Nenhum comentário:
Postar um comentário