"Até a minha tatuagem ser finalizada, fiquei, na maior parte do tempo, isolada das outras meninas. A única era Lyonette, que ainda vinha todos os dias falar comigo e passar pomada em minhas costas machucadas. Ela me deixou observar sua marca sem sinal nenhum e vergonha ou nojo. Fazia parte dela agora, como a respiração e a graça inconsciente de seus movimentos. A minúcia dos detalhes era incrível, e eu ficava pensando quão mais complexo era quando o desenho tinha de ser retocado. Mas algo me impediu de perguntar. Uma boa tatuagem levava anos para desbotar o suficiente a ponto de precisar de algum retoque, eu não queria pensar no que significaria ficar no Jardim por tanto tempo." [in O Jardim das Borboletas de Dot Hutchison]
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