Cento e Dez

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Cento e dez

Lina Angélica M. Gumauskas

Amigos... Cento e dez! Talvez mais,
Já contei! Vaidades que eu sentia
Clamei! Que neste mundo não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais!

Amigos... Cento e dez! Tão serviçais!
Tão zelosos das leis da cortesia
que já farto de os ver me escapulia...
as suas curvaturas vertebrais!

Um dia! Adormeci! Profundamente...
Ceguei... Dos centos e dez, houve um somente,
que não desfez os laços quase rotos,
“Que vamos nós – diziam – lá fazer?”

Acolher o que sobrou da alegria,
Da vida de uma amizade!
Amigos... Um somente!
Tenho que viver para retribuir

O amor que me deste!!!