domingo, 20 de janeiro de 2019

Submissão



Submissão
Sheila Vargas

Curvo-me às leis
que o Universo regem
pagando em solidão
e em pranto
o preço alto
que o reajuste cobra

Sei agora
que o peso imenso
que meus ombros dobra
é a colheita justa
dos desatinos tantos
em esquecidas eras cultivados

E toda ansiedade suportada
nessa espera de lágrimas e risos
o faço em nome do desejo ardente
que me inflama a alma:
reencontrar-me um dia
e na esperança alucinada de quem ama
<merecer a glória infinita de estar contigo>


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