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Imagem de Arquivo Pessoal |
O Túmulo Sem Nome
Pierre Louÿs (1870-1925)
Tomando-me pela mão, Mnasidika conduziu-me
para fora das portas da cidade, até um pe-
queno campo inculto, onde havia uma lá-
pide de mármore. E ela me disse: "Esta
foi a amiga de minha mãe".
Senti então um grande arrepio, e sem soltar a
sua mão debrucei-me sobre o seu ombro
para ler os quatro versos gravados entre a
taça côncava e a serpente:
Não foi a morte que me levou, mas as Ninfas
das fontes. Repouso aqui sob uma terra
leve, com os cabelos cortados de Xantho.
Chore-me somente ela. Não digo o seu
nome".
Ficamos de pé por muito tempo, e não vertemos
a libação. Pois como invocar, dentre as mul-
tidões do Hades, uma alma desconhecida?
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