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Imagem de Arquivo Pessoal |
Verão
Salomão Jorge (1902 - Falecido)
Belo é o verão na Europa, onde as parreiras
Ofertam cachos de âmbar às vindimas,
E onde as canções das lânguidas ceifeiras,
Florescem num rosal de ingênuas rimas!
Também quando dezembro, as mãos opimas
Abre, nas lindas terras brasileiras,
Quantos prodígios, quantas obras primas
Na colmeias, nos ninhos, nas roseiras!
Estio, deus pagão de olhos astutos,
Chegas, a luz concentra-se nos frutos.
E as seivas dos vergéis se dulcificam.
Mas, talvez, os artistas sonhadores,
Dessem todos teus pomos pelas flores
Dos tristes hortos que não frutificam...
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