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A Primavera
Vamos, amada, caminhar por entre as ruínas, que a neve se derreteu e o sonho volta a florir nossos corações.
Vem comigo seguir as pegadas da Primavera pelo campo longínquo. Vem! Subamos aos cumes mais altos e contemplamos as ondulações dos verdes prados que os circundam.
Foi ali que a aurora primaveril despiu o manto que o Inverno lhe dera, cobriu de gelo as montanhas e lhe deu a alvura graciosa de uma noiva na noite de suas bodas. Foi ali que os vinhedos despertaram, entrelaçados em seus ramos, a feição dos amantes. E correram os rios, bailando por entre as rochas, repetindo a canção do prazer.
E surgiram as flores das entranhas da terra, como surgem as espumas das entranhas do mar...
Vem beber comigo o resto das lágrimas da chuva nos cálices dos lírios. Vem comigo encher nossas almas com o canto alegre dos pássaros, aspirar e sentir a carícia perfumada da brisa que sopra... [in Poemas de Gibran de Mussa Kuraiem]
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