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CONDOLÊNCIAS AO MUNDO
Valtier de Barros Veloso
Não vejo mais a luz que me guiava.
Ao meu lado fotografias
e uma caixa de remédios aberta.
Inútil.
A este mundo não há remédio que sirva,
anda moribundo e alienado.
A noite desceu,
caiu e espalhou-se pelo mundo,
agora, o que vejo:
ruas varridas de amargura.
A soma da vida é nula,
o vulto de uma dama de manto negro
passa pela janela
E nesta hora,
onde fracos clamam por santos,
- até então desconhecidos -
eu permaneço calado
pensando no que teria dado errado.
O gosto metálico da foice
mistura-se com minha última golfada de sangue.
Vou. Fica a saudade.
A saudade do que poderia ter sido feito.
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