Nadando pelo mar báltico, Lituânia, by Lina Angélica Gumauskas |
"O documento mais famoso que se conhece da atividade tradutória na Antiguidade é a Pedra de Rosetta: um fragmento de basalto, encontrado em 1799 nas escavações que se faziam numa região banhada pelo braço ocidental do rio Nilo. O lugar tinha o nome de Rosetta, e a pedra ficou com o nome do lugar onde foi encontrada. Na Pedra de Rosetta vê-se um mesmo texto grafado de três maneiras diferentes: em hieróglifos da escrita sagrada do antigo Egito, em caracteres da língua escrita popular egípcia da época, e em caracteres gregos. Foi a partir do estudo dessa pedra que o francês Jean-François Champollion começou a decifrar os hieróglifos do Antigo Egito.
A Pedra de Rosetta data do século II a.C. Mas sabe-se que o imperador Sharrukin, da Assíria, três séculos antes da era cristã, já gostava de ter os seus feitos divulgados por escrito em todas as línguas que se falavam no seu vasto império.
Sabe-se também que entre os babilônios e assírios e hititas existiam organizações de escribas especializados, que escreviam em línguas diversas; sabe-se também que no Antigo Império egípcio (2778-2160 a.C.) existiu o cargo público de “intérprete-chefe”; e que na Ásia Menor circulavam ou existiam glossários bilíngues ou plurilíngues em tabuletas de terracota.
A primeira determinação legal de tradução ocorreu no ano 146, em Roma, quando o Senado romano mandou traduzir o tratado de agricultura do cartaginês Magão. No século I antes da era cristã, o romano Cícero refere-se à tradução que ele mesmo fez dos Discursos do grego Demóstenes, trazendo então à baila a questão da fidelidade às palavras ou ao pensamento do original." [in "O que é Tradução" de Geir Campos]
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