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Palmeira Imperial
Olavo Bilac (1865-1918)
Mostras na glória um coração mesquinho...
Numa beleza esplendida, que aterra,
Passas desencadeando um ar de guerra,
Sem deixar um perfume no caminho.
Como a palmeira, não sustens um ninho!
Não és filha, mas hospeda da Terra:
Subjugando a planície, na alta serra,
- Cruel às aves, seca de carinho.
Há no deslumbramento do teu porte
Tédio, orgulho, desdem: talvez saudade
De outra vida, ambição talvez da morte...
Como a palmeira, tens a majestade,
E dela tens a desgraçada sorte:
A avareza da sombra e da piedade.
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