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"Uma vez, quando estávamos escavando perto de Mosul, um capataz procurou Max, muito excitado.
— O Senhor tem que levar sua Khatun a Mosul amanhã. Há grande acontecimento. Vai haver um enforca para que não sejam sacrificados exatamente embaixo da janela da sala. Não gosto muito, também, de ver Ferhid correndo atrás das galinhas, com uma faca longa e pontiaguda na mão.
Estes enjoos da Khatun são tratados com indulgência pelo pessoal como mais uma dessas peculiaridades ocidentais.
Uma vez, quando estávamos escavando perto de Mosul, um capataz procurou Max, muito excitado.
— O Senhor tem que levar sua Khatun a Mosul amanhã. Há grande acontecimento. Vai haver um enforcamento — uma mulher! Sua Khatun vai gostar muito! Ela não deve perder isso de jeito nenhum!
Minha indiferença, e, na verdade, minha repugnância a este evento o espantaram muito.
— Mas é uma mulher, — insistiu. — Quase nunca a gente vê mulheres sendo enforcadas. É uma mulher curda que envenenou três maridos! É claro — claro que a Khatun não gostaria de perder isto!
Minha firme recusa em ir me fez cair muito no seu conceito.
Ele nos deixou entristecido, para se distrair com o enforcamento sozinho."
[ ... ] [in Desenterrando o passado de Agatha Christie]
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