[ ... ]
"Ele segurou minha mão e, por um momento, lembrei-me das tardes de fim de semana da minha infância, durante as quais ele pacientemente respondia a todas as minhas perguntas sobre o mundo e seu funcionamento. Nenhuma questão estava fora dos limites, fosse histórica, fosse científica, sobre literatura ou política, e eu devorava aquele tempo com ele, o único em que tinha sua atenção exclusiva. Em uma tarde ensolarada, ele passara meia hora descrevendo a fotossíntese em resposta a minhas ruminações infantis sobre o que as plantas comiam, sua paciência para responder a incansáveis perguntas sobre o mundo natural e as ciências físicas nunca vacilava. No entanto, aquelas horas eram poucas, uma vez que minha mãe, o trabalho e as obrigações sociais exigiam dele quase todas as que restavam. E, sem ele, eu enfrentava longas horas de lições maçantes com professores ou tarefas de casa e rotinas com minha babá e, em menor medida, com minha mãe, que só prestava atenção em mim quando eu me sentava diante de um piano e ela criticava minhas habilidades. Mesmo adorando música, agora eu só tocava quando ela não estava em casa."
[ ... ] [in A Única Mulher The Only Woman in the Rom de Marie Benedict]
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