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"... Enquanto eu preenchia a ficha, tentei imaginar a última noite dos cassinos brasileiros. Vi a derradeira volta de uma roleta em um salão cheio de espelhos no Copacabana Palace. Tudo em preto e branco, é claro. A multidão ao redor da roleta, homens cujos cabelos estavam penteados para trás, escuros, brilhando, mulheres de longo com piteira e muito empenhadas em ser sedutoras, todos eles mal me deixaram enxergar o número vitorioso (eu estava, além de tudo, com trajes completamente inadequados). Catorze, vermelho. Um homem vibrou com muita delicadeza, em silêncio, dando um soquinho no ar."
[ ... ] [in Todos nós adorávamos caubóis de Carol Bensimon]
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